OS BENEFÍCIOS DO JOGO DE DAMAS
Muitos são os benefícios do jogo (onde o jogo de damas está incluso) a quem os pratica de forma sistematizada.
Na área EDUCACIONAL o jogo de damas é um grande coadjuvante escolar, pois a partir da prática, o jogador (aluno) consegue desenvolver várias habilidades, como: pensamento lógico, poder de atenção e concentração, imaginação, criatividade, julgamento, cálculo, planejamento, imaginação, antecipação, vontade de vencer, paciência, autocontrole, dentre outros.
SOCIALMENTE existe muitos benefícios agregados ao jogo, como o respeito as regras, a sublimação da agressividade, a aceitação de resultados, a valorização da preparação para obtenção desses resultados, a integração e aceitação das diferenças naturais etárias, a apropriação afetiva com seu bairro, sua escola, sua família, dentre outros. O jogo ainda potencializa uma inclusão social ampla e justa, por ser um jogo de fácil aprendizado, com material de jogo de baixíssimo custo, podendo até mesmo ser confeccionado com materiais recicláveis.
Na área da SAÚDE o jogo de damas, como muitos outros jogos, potencializa ocupação sadia que confronta problemas como obesidade e depressão. Existem estudos que confirmam essa sustentação, como o auxílio do jogo em situações de portadores de alzheimer.
O QUE É A BNCC
Durante os últimos anos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi pauta dos mais importantes debates sobre educação no país. O documento da Base foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC), em sua terceira versão, no dia 20 de dezembro de 2017 para as etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Em 14 de dezembro de 2018, o documento foi homologado para a etapa do Ensino Médio. Juntas, a Base da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio integram um único documento: a BNCC da Educação Básica.
A BNCC é um documento que determina as competências (gerais e específicas), as habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante cada etapa da educação básica – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Ela também determina que essas competências, habilidades e conteúdos devem ser os mesmos, independentemente de onde as crianças, os adolescentes e os jovens moram ou estudam.
A Base não deve ser vista como um currículo, mas como um conjunto de orientações que irá nortear as equipes pedagógicas na elaboração dos currículos locais, e deve ser seguido tanto por escolas públicas quanto particulares.
O OBJETIVO DA BNCC
A criação de uma Base Nacional Comum Curricular tem o objetivo de garantir aos estudantes o direito de aprender um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns – de norte a sul, nas escolas públicas e privadas, urbanas e rurais de todo o país.
Dessa forma, espera-se reduzir as desigualdades educacionais existentes no Brasil, nivelando e, o mais importante, elevando a qualidade do ensino.
A Base também tem como objetivo formar estudantes com habilidades e conhecimentos considerados essenciais para o século XXI, incentivando a modernização dos recursos e das práticas pedagógicas e promovendo a atualização do corpo docente das instituições de ensino.
A IMPORTÂNCIA DO JOGO NA ÓTICA DA BNCC
Como um dos conhecimentos presentes na BNCC, o jogo caracteriza-se como um dos conteúdos pertencentes à Educação Física. No entanto, essa manifestação cultural também pode ocupar um lugar, seja ele primário ou secundário, nas demais disciplinas escolares.
Além disso, pode-se afirmar que o jogo é expressivamente peculiar da Educação Infantil, uma vez que ele está naturalmente presente na infância, podendo se estender as demais fases da vida.
Para Huizinga (2007, p. 33), o Jogo é “uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo”.
A BNCC destaca o brincar que é um dos eixos e direitos no âmbito de aprendizagem e desenvolvimento da criança, pois quando ela se expressa e interage durante o brincar / jogar, ela estará se comunicando de diferentes maneiras, envolvendo o corpo, a emoção e a linguagem.
A Educação Infantil é a base da formação do indivíduo, bem como a etapa fundamental para que a criança se aproprie de variadas situações. Assim, ao proporcionar atividades que envolvam o jogo e o brincar, a criança constrói conhecimentos por meio de experiências diversificadas.
A cultura do jogo, enquanto construção social, precisa ser experienciada e vivenciada em um determinado tempo e espaço, levando em consideração sua importância no desenvolvimento do indivíduo durante a infância e a adolescência, ancorado por documentos de caráter educacional como a BNCC, na qual determina, norteia e orienta as práticas pedagógicas da educação brasileira, almejando a qualidade educacional.
Através de jogos, as crianças e jovens expressam e refletem o que vivenciam, uma vez que essas práticas derivam de situações da vida social e cultural que os mesmos estão envolvidos, proporcionando o ensino e a construção de aprendizagem, individual e coletivamente.
A unidade temática “Brincadeiras e Jogos” na BNCC explora aquelas atividades voluntárias exercidas dentro de determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela criação e alteração de regras, pela obediência de cada participante ao que foi combinado coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si.
Essas práticas não possuem um conjunto estável de regras e, portanto, ainda que possam ser reconhecidos jogos similares em diferentes épocas e partes do mundo, esses são recriados, constantemente, pelos diversos grupos culturais. Mesmo assim, é possível reconhecer que um conjunto grande dessas brincadeiras e jogos é difundido por meio de redes de sociabilidade informais, o que permite denominá-los populares (BNCC redação final, página 214).
É importante fazer uma distinção entre jogo como conteúdo específico e jogo como ferramenta auxiliar de ensino. Não é raro que, no campo educacional, jogos e brincadeiras sejam inventados com o objetivo de provocar interações sociais específicas entre seus participantes ou para fixar determinados conhecimentos. O jogo, nesse sentido, é entendido como meio para se aprender outra coisa.
Por sua vez, a unidade temática “Esportes” reúne tanto as manifestações mais formais dessa prática quanto as derivadas.
O esporte como uma das práticas mais conhecidas da contemporaneidade, por sua grande presença nos meios de comunicação, caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos (adversários), regido por um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de competição.
No entanto, essas características não possuem um único sentido ou somente um significado entre aqueles que o praticam, especialmente quando o esporte é realizado no contexto do lazer, da educação e da saúde.
Como toda prática social, o esporte (e o jogo) é passível de recriação por quem se envolve com ele.
Para a estruturação dessa unidade temática, é utilizado um modelo de classificação baseado na lógica interna, tendo como referência os critérios de cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação.
Esse modelo possibilita a distribuição das modalidades esportivas em categorias, privilegiando as ações motoras intrínsecas, reunindo esportes que apresentam exigências motrizes semelhantes no desenvolvimento de suas práticas.
Assim, são apresentadas sete categorias de esportes (note-se que as modalidades citadas na descrição das categorias servem apenas para facilitar a compreensão do que caracteriza cada uma das categorias).
Portanto, não são prescrições das modalidades a ser obrigatoriamente tematizadas na escola):
1. Marca,
2. Precisão,
3. Técnico-combinatório,
4. Rede / quadra dividida,
5. Campo ou taco,
6. Campo ou territorial, e
7. Combate.
Um dos conceitos fundamentais para que a prática do jogo de damas seja adotada nas escolas é sua contribuição na área educacional, pois esta reconhecida modalidade de jogo de inteligência pode proporcionar avanços significativos na formação plena de crianças e adolescentes.
Nessa perspectiva, o jogo de damas aparece como eficiente ferramenta coadjuvante na formação escolar, pois a partir de sua prática, o jogador consegue desenvolver várias habilidades, como enfatiza partos:
“Raciocínio lógico, poder de atenção e concentração, imaginação, criatividade, julgamento, planejamento, antecipação, vontade de vencer, paciência, autocontrole, o espírito de decisão e a coragem, a inteligência e o interesse pelas línguas estrangeiras”, PARTOS apud FERRACINI(1998,pg. 37).
Para Sá e Trindade (2005), ao praticar esportes intelectuais, incentiva-se o aprender a ser para que possibilite aprender a viver juntos.
Dentro deste contexto, o desenvolvimento integral da pessoa, direcionado à busca do pensamento autônomo e crítico, para poder decidir sobre a forma de agir em diferentes circunstâncias da vida, levando em consideração o outro, deve ser uma preocupação da educação contemporânea.
Torna-se importante, então, fazer com que o indivíduo perceba as interdependências entre as pessoas, seja capaz de gerir conflitos e respeitar os valores da pluralidade, que os façam conviver juntos. O que deve ser enfatizado dentro do ambiente escolar.
Haward Gadner desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas, dentre elas temos: inteligência lógica matemática, inteligência linguística, inteligência espacial, inteligência sinestésica, inteligência intrapessoal, inteligência interpessoal, inteligência musical, (GARDNER, 1994), Gardner destaca que o esporte intelectual desenvolve a inteligência lógico-matemática, bem como a inteligência espacial:
“A inteligência espacial é a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial, ou seja, facilidade em observar uma matéria num determinado plano móvel”. (GARDNER, 1994, pg. 149).
Para jogar damas é necessário aprender a visualizar, no campo abstrato, as jogadas futuras do seu adversário, tendo que se concentrar no tabuleiro e visualizar as jogadas sem que se mova nenhuma peça no tabuleiro, somente utilizando a imaginação, fato este descrito por Gardner:
“O cálculo das jogadas também pode contribuir no desenvolvimento da inteligência lógico-matemática, que é a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los”. (GARDNER, 1994, p. 117).
Alfred Binet que foi o criador dos testes de quociente da inteligência e professor da Universidade da Sorbonne, em Paris, “iniciou suas experiências sobre algumas das possíveis contribuições dos jogos da mente para o desenvolvimento intelectual e suas conclusões abordaram a memória, a imaginação, o autocontrole, a paciência e a concentração”. (PIMENTA, 2002, p. 6).
Essa modalidade lúdica pode ser aplicada a partir dos cinco a seis anos de idade, ou antes, se a motivação for evidenciada pela própria criança.
O aprendizado do jogo de damas incrementa a imaginação, aguça a atenção e a concentração, contribuindo para formar o espírito de investigação, além de promover o desenvolvimento da criatividade e da memória.
Assim como outros jogos de inteligência, o jogo de damas é um poderoso treinamento na capacidade de se tomar decisões, ainda que de forma propedêutica, sendo por isso essencial na formação de crianças e adolescentes, que na vida adulta futura estarão sempre desafiados a decidir entre alternativas possíveis, mas estas são ampliadas quando já houve um treinamento sistemático anterior, mesmo que de forma simbólica.
Por outro lado, o jogo de damas é uma atividade esportivo-recreativa que permite á criança assumir atitude própria, dando a oportunidade de obter satisfações pessoais e de integrar-se plenamente em seu grupo social.
Esse aspecto relacionado à sociabilidade é muito importante, pois a criança gradativamente se integra ao grupo de praticantes, ora compartilhando verbalmente suas experiências lúdicas, ora tornando-se mais motivadas a participar dos eventos.
No que tange á aquisição do julgamento moral, a prática deste esporte conduz à positiva experiência do ganhar e do perder, assim como à formação do caráter, permitindo o desenvolvimento de qualidades tais como: paciência, modéstia, prudência, perseverança, autocontrole, autoconfiança e, especialmente, a sublimação da agressividade.
Pesquisando-se o ensino do jogo de damas nas escolas foi constatado o seguinte:
- O jogo de damas, ensinado metodicamente, constitui um sistema de estimulação intelectual capaz de aumentar o Q.I. das crianças;
- O aluno adquire por meio da aprendizagem e prática damística, um método de raciocínio e de organização das relações abstratas e dos elementos simbólicos;
- A introdução do jogo de damas no ensino escolar é um elemento ideal para cultivar o pensar.
O efeito essencial da implantação do jogo de damas nas escolas possui três aspectos:
a) ético;
b) intelectual; e
c) escolar e pedagógico.
Ajuda a desenvolver habilidades como aspecto ético, controle de si mesmo, paciência, perseverança, respeito aos outros, modéstia, honestidade, aspecto intelectual, desenvolvimento da capacidade de análise e de síntese, estruturação do raciocínio, exercícios de memória e de atenção.
As faculdades intelectuais raramente são inatas na criança. Adquire-se, aos poucos, no decorrer dos anos.
Aliás, os alunos que não estão predispostos a percorrer os caminhos da escolaridade, são frequentemente marcados por algum obstáculo.
O jogo de damas não é remédio milagroso, mas ajuda na receita desta nobre tarefa, colaborando para o aluno atingir as escolas superiores, ou pelo menos, continuando para seu aperfeiçoamento intelecto-cultural.
É oportuno comentar um aspecto curioso que ocorre com crianças que descobrem o jogo de damas. Dada a relativa facilidade na aprendizagem das regras do jogo de damas, a princípio as crianças jogam damas de maneira mecânica, ou seja, tendem a responder de imediato cada lance do oponente.
A isso, alguns teóricos classificam esse automatismo das respostas, como ações decorrentes de “mente reativa”.
Ao passar do tempo de prática, quando essas crianças percebem que apenas algumas delas são bem sucedidas em suas conquistas, começam a usar a “mente analítica” no lugar da “mente reativa”, pois assimilam a ideia de que as respostas imediatas, na maioria das vezes, não conduzem a resultados satisfatórios.
Ainda que essa transferência de mentalidade possa decorrer na vida do ser humano, com a chamada prática de jogos da inteligência tende a ocorrer de forma mais rápida, sendo nítida uma ampliação na capacidade de resoluções de problemas escolares e em situações vivenciais das crianças que conhecem e praticaram o jogo de damas.
Melhora na agilidade do raciocínio exigido pelas diferentes disciplinas escolares, com destaque para a matemática, pois os alunos aprendem a observar, analisar e avaliar bem rapidamente todas as situações-problemas que lhes são apresentadas, assim como também ficam mais preparados para discernir com objetividade e precisão.
A prática do jogo de damas propicia, enfim, uma tomada de consciência do estudante, que se motiva gradativamente a expor seu potencial de qualidades e de capacidade intelectuais, até então inexploradas; inteligência, memória e espírito criativo na composição de pequenos problemas.
O fundamento básico nesse processo é o aumento da autoestima da criança ao descobrir que sua capacidade intelectual é bem superior à que se pensava antes.
Esse espaço é composto por divulgação de links referentes a trabalhos que eemplificam os benefícios do jogo de damas e dos jogos de tabuleiro (dos quais o jogo de damas é parte) para o ser humano e a sociedade.
O QUE SÃO ESPORTES INTELECTIVOS E QUAIS SÃO SEUS BENEFÍCIOS
QUANDO A HABILIDADE PODE LEVAR AO MELHORAMENTO DO CÉREBRO
BENEFÍCIOS DOS ESPORTES INTELECTUAIS NA APRENDIZAGEM E NOS ESTUDOS
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